E a crise na Líbia cumpriu uma etapa. Kadafi foi deposto, sob chuva de bombas da OTAN mas também sob protesto, legítimo, das massas líbias (ei, você acredita mesmo que o povo que celebrava na Praça Verde eram todos "agentes pagos do imperialismo"? se bem que dizem que foram cenas "montadas"...). Quando os protestos começaram a eclodir no Maghreb e no Oriente Médio, era evidente que o regime não passaria ileso.
Em março, eu escrevi o texto abaixo para o Diário Liberdade. Reproduzo-o a seguir, inclusive com as mesmas notas.
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Neste exato momento, as bombas estão cruzando os céus líbios, atingindo, como sói acontecer (principalmente se tratando dos ataques "cirúrgicos" dos ianques), alvos civis e militares indiscriminadamente.
A contagem de mortos já começou e, como sabemos, o Iraque é testemunha, não costuma ser de números modestos. Mas, não esqueçamos: a matança começou antes da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 17/ 01/ 2011 (1). Começou com a repressão, pelo regime de Kadafi, aos "bêbados e drogados".