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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Versos dos túmulos


Dedicado a Roberta Affonso
e a todos os que sonham
com as brumas de Avalon

Os seguintes "Versos dos túmulos" são parte integrante do Livro Negro de Carmarthen, documento galês do século XIII que registra mitos do folclore celta. Traduzi para o português a partir desta versão em inglês, que é a mesma que aparece no "Sacred Texts" (aqui), que a aponta como oriunda da edição de "Four Ancient Books of Wales" por William Forbes Skene (1864 [68?]). O original galês está aqui. Desde já deixo claro que minha tradução é livre, inexata e descompromissada. Pelo que apurei, a Wikipedia (ela própria uma fonte nunca muito exata) aponta outras versões, de Thomas Jones e Ernest Rhys e, como pude perceber, os versos parecem não bater com a versão utilizada aqui. Neste link, por sua vez, há um raivoso debate em um fórum de discussão (como sói acontecer, e por isso evito ao máximo esses insuportáveis antros de sabichões) em torno de etimologias, significados, traduções etc. Mas nada disso me importa: deixemos o rigor para os pesquisadores, pois não temos aqui pretensões acadêmicas. Mais informações sobre o Livro Negro, em português, aqui.

Quem seguir na leitura dos versos -que são algo como uma lista, um rol, dos herois celtas e seus lugares de repouso- verá que alguns personagens do ciclo arturiano são citados. Na estrofe oitava, Gwalchmai, aka Sir Gawain, na décima segunda, Bedwyr, aka Sir Bedevere, e, na quadragésima quarta, Rei Arthur em pessoa. É dito que seu local de repouso, se é que existe, é desconhecido pela humanidade. É que se acreditava que Arthur ainda vive e, oportunamente, voltaria para salvar seu povo.

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