Com muita satisfação li a entrevista do matemático francês Cédric Villani, n'"O Globo". O sujeito, considerado um dos maiores matemáticos dos últimos tempos, diz não só que, na educação matemática, mais importante que o conhecimento adquirido é o hábito de pensar, como também que o melhor método de ensino é o do próprio professor. Perfeito, é isso mesmo. Basta de dogmas e cartilhas limitadores- são emburrecedores, e é bom que haja pessoas ilustradas (mesmo que isso reverbere pouco na Academia) atentas a isso. Aliás, matemática, essa injustiçada elegante. Nada mais hermético para mim. Culpa minha, talvez, ou dos professores cheios de dogmas e cartilhas limitadores.
Muito a propósito, dia desses me lembrava da frase de Clóvis Beviláqua, sobre como "o que se deve apurar na educação jurídica não é a expansão cerebral, e sim a fortaleza de espírito, a resistência do caráter" (já citada no blog aqui e, ei, estou ficando repetitivo). Mas a questão -e devemos ser repetitivos nisso- é que o conhecimento deve ter como finalidade a atuação concreta; não apenas absorver, mas digerir criticamente o que é absorvido. E cuspi-lo fora, caso não sirva. Do contrário somos autômatos reproduzindo comportamentos.