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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Aliados e seus equívocos


A companheira Lena, pelo Facebook, comenta, em tom de brincadeira, que a LIT (organização internacional à qual o PSTU é vinculado) é agente da CIA, e cita o entusiasmo da corrente com a "revolução democrática" que estaria se dando na Síria. Esse comentário não é novo -tenho ouvido-o reiteradamente de diversos companheiros, como gracejo ou mesmo dito seriamente- e, por considerá-lo injusto, pus-me a pensar sobre seu significado e as implicações envolvidas. As perguntas essencialmente colocadas são: o que é exigível de um aliado, que tipos de erro são toleráveis neste e, mesmo, se são necessários aliados para o processo revolucionário.

O processo revolucionário, por ser justamente um processo, uma sucessão não-linear de acontecimentos (e que jamais encontrará um formato "pronto"; também nesse sentido pode-se falar em revolução permanente) requer uma pluralidade de agentes. É impossível (ou ao menos improvável) que um único agrupamento, forte e estruturado que seja, encontre condições objetivas de realizar sozinho a superação de um sistema de produção. Mesmo porque a tarefa não se exaure com a tomada de poder, ao contrário. As revoluções exitosas na História são pródigas em exemplos de como as forças revolucionárias confluem- como a Russa, bolcheviques, socialistas revolucionários e mencheviques de esquerda atuando em conjunto.

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